Entenda quais as particularidades das festas,  costumes e tradições de Ano Novo e Reveillon ao redor do mundo.
A passagem  do ano no Brasil tem características de todos os povos que colonizaram o  país.
No Brasil, a passagem do ano tem nome francês, comida italiana e festa  no melhor estilo brasileiro, com muitos fogos de artifício, confraternização  entre os familiares e amigos  e oferendas às entidades do candomblé, da umbanda e para os anjos da  guarda.
Mas como será que essa data é comemorada nos outros países? 
Na Índia, a data é muito comemorada com festas nos hotéis e queima de fogos  nas ruas. 
No Japão, a data é mais festejada do que o Natal, mas na China e em Israel é  apenas um dia normal, já que esses dois países não seguem o calendário  gregoriano. 
Na China, a passagem é comemorada em setembro, e em Israel, no começo de  outubro, mas as datas variam de ano para ano.
Na Grécia, também há queima de fogos e peru assado, mas há dois pratos  diferentes que são preparados especialmente para essa data.
Um é o melomakarona, um doce parecido com a nossa rosquinha feito com  semolina, farinha, mel e canela. 
O outro é feito com os mesmos ingredientes do panetone só que é em formato de  bolo e contém também uma moeda de ouro.
Na passagem do ano, o bolo é cortado entre todos os participantes da festa e  quem ganhar a moeda terá muita sorte durante todo o ano. 
E é da Grécia que vem a tradição de comer romãs. Lá, eles a jogam no chão  para quebrá-la e dividir entre todos.
Já a nossa tradição de comer lentilhas vem da Itália. 
Assim como os bailes e comemorar dançando a noite inteira nas discos.
Mas no Oriente, mais especificamente no Japão, tudo é bem diferente. 
Como não são católicos, comemoram muito mais a passagem do ano do que o  Natal. 
No dia 31 de dezembro as famílias vão aos templos de sua religião, xintoístas  ou budistas, por isso as ruas ficam lotadas e há também queima de fogos. 
Antes de irem aos templos, as famílias jantam macarrão.
Para eles, esse alimento trará fortuna para toda a família. 
No dia seguinte, é costume no Japão saborear algum tipo de cozido bem  saboroso feito especialmente para a data, geralmente à base de pargo (um tipo de  peixe), ovas de peixe, camarão ou um tipo de feijão. 
Antigamente, a festa durava três dias e o comércio não abria, mas hoje a  tradição já está mudando.
Hogmanay, apesar de ser localizada na mesma ilha que a Inglaterra, na Escócia  a história é bem outra, com muitas festas e animação.
As atividades para comemorar o Hogmanay, o Réveillon escocês, começam às 8  horas do dia 31 de dezembro e só terminam às 6 horas do primeiro dia do  ano-novo. 
É uma data muito mais comemorada do que o Natal. 
Na capital, Edinburgo, há desfiles de gaiteiros com suas saias típicas e  acompanhados por dançarinos típicos na rua principal, a Princes Street. 
À meia-noite, os canhões do Castelo de Edinburgo são disparados, há uma  grande queima de fogos e um gaiteiro, especialmente iluminado e microfonado,  começa a solar lá de cima do castelo.
A festa é regada a muito uísque e pratos à base de intestinos e testículos de  carneiro, e o grande desfile acaba em festas espalhadas por todos os pubs da  cidade.
Espanhóis comemoram dez dias.
O peru também é o prato principal servido na Espanha. 
Além dele, também é feito um delicioso prato com bezugo (um tipo de peixe)  assado com batatas. 
São feitos também doces de marzipan com formas de figuras, pães doces  amanteigados e torrões à base de amêndoa e mel. 
Mas como o povo espanhol é muito festeiro, as comemorações já começam no dia  28 de dezembro, dia dos Santos Inocentes, que equivale ano nosso dia da mentira,  e vai até o dia 5 de janeiro, quando eles comemoram a chegada dos reis Magos,  que é até mais celebrado que o Natal. 
Nesse dia fazem as cavalgadas de reis nas cidades e é preparada a rosca de  reis. Dentro dessa rosca colocam várias figuras e brinquedinhos para as  crianças. 
E a passagem do ano em Madri é uma superfesta.
Lá, todos vão a Puerta del Sol, onde há um relógio, e cada um leva seu  próprio pacote com 12 uvas. 
A cada badalada do sino do relógio, comem uma uva e fazem um pedido. Quem não  vai até lá, acompanha a transmissão da televisão. 
Depois há uma grande confraternização e as pessoas brindam com cava, a  champanhe espanhola, e bebem muito vinho e anis, sem gelo. 
Nem mesmo o frio impede que os ingleses saiam de casa para comemorar a  passagem do ano. 
Em Londres, os jovens vão até a Trafalgar Square aguardar o Big Ben dar a  última badalada do ano e festejar vendo os fogos de artifícios e tomando  cervejas quentes.
E as famílias fazem verdadeiros piqueniques no Speaker's Corner do Hyde Park,  um parque muito bonito perto do Palácio de Buckingham. Apesar de pertencer  também ao Reino Unido, a Irlanda tem uma festa mais comportada, comemorada  dentro dos pubs. 
E no País de Gales, por causa do frio intenso, só os mais jovens costumam  celebrar a data fazendo festa na praça central, tomando muito bayle, um cremoso  licor irlandês e muita cerveja quente. 
Charme ,é na França, que deu o nome Réveillon para a data, a passagem do ano  é uma grande festa entre amigos, na qual se saboreia bons pratos, mas sem um  menu fixo. 
Alguns aproveitam para comer o tradicional fígado de pato e ostras cruas.
Mas o ápice da festa, sem dúvida, é a meia-noite, quando todos se beijam e  tomam muita champanhe. 
Na França, em alguns lugares, fala-se Réveillon e, em outros, dia de São  Silvestre Em busca de poder, amor, sorte, dinheiro, felicidade, surgiram outras  formas especiais de celebração do ano-novo. 
Na Índia, são atirados na fogueira objetos que representam impurezas e  doenças. 
Na China, usa-se a cor preta para dar sorte.
No Japão, é comum fazer uma cerimônia de limpeza na casa e pendurar uma corda  de arroz na entrada, para afastar os maus espíritos. 
Seja onde for ou quando for, o que importa é que esse ano novo seja feliz,  próspero e cheio de paz, em todos os países!